Dançar é também legislar. O gesto dançado corta o espaço e reconfigura a partilha das significações e dos sentidos comuns.
Nesse sentido, não é surpreendente que a dança esteja sempre ligada ao poder: desde o Balé Clássico que surgiu na corte de Luis XIV quando o rei dançava sua autoridade fusional entre ele próprio e o estado, até as danças corais coreografadas por Laban para resgatar o espírito da comunidade que havia se perdido na modernidade.